A Copa do Mundo está aí. Em pouco menos de seis meses, o país inteiro estará imerso na expectativa e na euforia dos jogos, que aglomeram e unem toda a nação, em busca de um ideal comum.
Como toda a infraestrutura do país, no geral, os estádios foram repensados, remodelados e reconstruídos, para atender as normas e padrões de segurança, conforto e prática do esporte, determinadas por órgãos nacionais, internacionais e pela FIFA. Em alguns casos, estádios tiveram que ser erguidos do zero, para melhor adequação à essas normas. Para um evento que, além de toda a massa nativa, atrai milhares e milhares de estrangeiros, nada mais certo do que pensar, com extremo cuidado, na questão de segurança. Nos estádios, então, isso se torna indispensável.
Imagine uma partida dentro de um estádio dos mais modernos (com capacidades que chegam a 70 mil lugares). O número de indivíduos presentes faz com que seja necessário pensar a segurança de forma calculada e muito bem organizada. Brigas, acidentes e demais infortúnios podem acontecer, e, nesses casos, o pânico se instalaria, em questão de segundos. Dentre os perigos dessa enorme aglomeração de torcedores, estão os incêndios.
Como teste para o mundial desse ano, foi realizada, em 2013, a Copa das Confederações. Nela, quase todos os novos estádios puderam ser inaugurados e “testados”, pela primeira vez, e um dos pontos de maior relevância nesse ensaio pré-mundial foi a consolidação de padrões internacionais de prevenção contra incêndios e pânico geral. Até então, nosso país carecia de normas técnicas de maior abrangência para estádios de futebol. Entre todos os estados da federação, apenas São Paulo, Minas e o Espírito Santo já contavam com instruções técnicas específicas, para tais locais.
Os principais critérios adotados, para o estabelecimento dessas normas, dizem respeito ao dimensionamento, lotação, circulação, entradas e saídas do estádio, para controlar o fluxo de pessoas e facilitar a locomoção das mesmas, em casos emergenciais. É por isso que em situações de risco elevado, como nesses casos, é de suma importância que os profissionais que trabalhem no local, sejam do corpo dos bombeiros ou, mesmo, contratados do estádio, estejam preparados para proceder da forma correta e mais eficaz.
Além dos tradicionais equipamentos de combate a incêndios como extintores e hidrantes, é indispensável, também, que o local conte com sistemas fixos de combate a incêndios, que minimizem a necessidade de intervenção dos operadores. Normalmente, esses sistemas são equipados com dispositivos de detecção de fumaça ou temperatura, atuando, de forma automática, no combate deles.
Sistemas de combate a incêndios podem conter diversos agentes extintores, dentre eles: água, espuma, pó químico, CO2, agentes saponificantes de classe K, entre outros.
Podemos citar algumas aplicações dentro dos novos estádios:
As cozinhas devem ter suas coifas protegidas com sistemas saponificantes, como o Sistema Veloz
Os reservatórios de combustíveis para os geradores, por exemplo, devem ser protegidos com sistemas de espuma
As centrais técnicas de computadores podem receber sistemas de gases como Novec e FM-200
Transformadores podem ser protegidos também com sistema de gases ou água nebulizada.